
Maria T. , nome fictício, 17 anos, faz um depoimento exclusivo ao iSleep sobre um problema que esteve escondido durante muitos anos e que agora começa agora a ser revelado sem tabus, um dos passos fundamentais para o analisar e discutir e conseguir resolvê-lo. “O facto de ainda dormir com a minha mãe estava a prejudicar não só o meu sono mas a afectar a minha vida social e escolar”, refere a jovem.
O que me levou a pedir ajuda?
O que me levou a pedir ajuda foram os meus problemas em dormir. Tinha dificuldade em adormecer e por vezes aconteciam certos episódios noturnos como levantar-me, falar e até gritar que resultavam numa dificuldade em despertar e numa elevada fadiga matinal (“sintomas” estranhos para quem não se lembra dos episódios da noite passada e acha que dormiu tranquilamente a noite toda).
Como percebi que estava perante um problema com consequências importantes no meu dia-a-dia?
Após uma consulta de neurologia e uma consulta de psicologia, percebi que a principal causa dos meus problemas em dormir era eu ainda dormir com a minha mãe e que isso não me afetava apenas o sono mas também outros aspetos importantes do meu dia-a-dia. Eu estava a tornar-me numa pessoa demasiado dependente dos outros e com medo da mudança e isso estava a afetar a minha vida escolar e social
O que foi mais difícil durante o tratamento?
Até agora, a parte mais difícil do tratamento foi compreender a raiz do problema. É sempre mais difícil, para nós, perceber que um hábito, à partida, inofensivo e que tivemos a vida toda nos está a afetar em tantas áreas
Que melhorias tenho sentido?
Desde o início do tratamento que noto melhorias consideráveis na minha vida pessoal, social e escolar. Sinto-me uma pessoa mais confiante, mais intuitiva, mais decidida, mais independente, capaz de lidar com os meus medos, de aceitar a mudança e de lutar pelos meus sonhos. Já para não falar da subida das minhas notas escolares e da melhoria do meu sono.
Que conselho daria a pessoas com o mesmo problema?
O único conselho que posso dar a pessoas com este problema é que não tenham medo e peçam ajuda. É mais fácil percorrer este percurso acompanhados. Inicialmente vai ser um pouco difícil mas acreditem que a vossa vida vai melhorar e não tenham medo de arriscar.
Maria T., 17 anos