Teresa Paiva foi uma das intervenientes no ciclo de conferências “Haja Luz: diálogos à volta da luz”, que teve lugar esta semana na Fundação Calouste Gulbenkian, organizada em conjunto pela Sociedade Portuguesa de Física e pela Fundação Calouste Gulbenkian, que assinalou as comemorações do Ano Internacional da Luz e das Tecnologias Baseadas na Luz em Portugal.
Teresa Paiva referiu que a luz solar “tem um papel essencial na sincronização dos nossos ritmos de sono” e que “os relógios biológicos ou ritmos circadianos são uma vantagem para a sobrevivência”.
A neurologista e especialista em medicina do sono exemplificou: “se estivermos mais expostos à luz solar ou luz artificial ao fim da tarde, adormecemos mais tarde. Mas se tal acontecer de manhã adormecemos mais cedo”.
No que respeita à luz artificial, Teresa Paiva alertou para a forte componente de luz azul, semelhante à que irradia do sol, em aparelhos de utilização comum, como LED, Smartphone, tablets, LCD e televisões, prejudicando o adormecer através da sua exposição, o que acontece frequentemente na vida moderna em que adultos e crianças estão permanentemente “ligados” aos seus aparelhos electrónicos.
A especialista referiu que “há um conjunto de substâncias metabólicas no ciclo sono vigília que contribuem para a homeostase” do organismo. Por exemplo, “ às quatro da manhã, enquanto dormimos, atingirmos o mínimo de temperatura, o máximo de metabolismo, o mínimo de vigilidade e o mínimo de desempenho cognitivo” disse Teresa Paiva.
A apresentação de Teresa Paiva na conferência pertenceu à presidente da Sociedade Portuguesa de Física, Teresa Peña.