Uma equipa chefiada pelo investigador francês da Universidade Toulouse II, Jean-Claude Marquie, concluiu com base num estudo que envolveu 3232 participantes que o trabalho por turnos reduz significativamente a memória.
A relação mais forte entre o trabalho por turnos e a perda de memória ocorreu nos trabalhadores que fazem este tipo de trabalho há mais de dez anos. Segundo esta investigação, publicada no site Occupational & Environmental Medicine, há nesta população-alvo uma perda de memória equivalente a 6 anos e meio face à idade real dos participantes. A recuperação da memória só é plenamente alcançada ao fim de 5 anos em que o trabalhador abandone o regime de trabalho por turnos, segundo as conclusões do mesmo estudo.
O trabalho por turnos já tinha sido identificado em anteriores investigações como responsável pelo aumento da doença cardiovascular e pelas perturbações do sono.